Artigo
500 dias para os Jogos de Paris
São os jogos olímpicos de 2024 que se aproximam e se preparam pra receber a delegação brasileira
Por Icaro Schultze
Educador físico
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Bonjour! Comment ça va? Daqui há 500 dias, estaremos imergindo nas águas do Rio Sena, no clima de Paris, aos pés da Torre Eiffel. São os jogos olímpicos de Paris 2024 que se aproximam e se preparam pra receber uma delegação brasileira que faz, até então, um ciclo fantástico, com conquistas surpreendentes.
Liberté, Égalité, Fraternité, bradam os franceses desde a grande revolução, enquanto o olimpismo tem como princípios a amizade, a compreensão mútua, a igualdade, a solidariedade e o "fair play", somando-se a isto a amizade, respeito e excelência como valores olímpicos. Ou seja, França e Olimpíadas combinam né?
Aprofundando um pouco mais na simbologia, o lema olímpico foi alterado nos últimos jogos com a adição da palavra "juntos" no já histórico "citius, altius, fortius" agora com "communis", ou seja, "mais rápido, mais alto, mais forte - juntos", pois de nada adianta sermos melhores, sozinhos. Os anéis olímpicos representam a integração entre todos os povos e a tocha olímpica tem como significado a paz e seus condutores são os mensageiros da paz.
Este que vos escreve tem marcada na pele a simbologia olímpica para nunca esquecer o poder transformador do esporte e também teve a honra de ser, por um breve momento, um mensageiro da paz na condução da tocha olímpica nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Viram que em nenhum minuto foi citado algo sobre vitórias e derrotas? Pois é, movimento olímpico vai além. Não é sobre ganhar ou perder, é sobre sermos melhores como esportistas, como cidadãos e como seres humanos. Uma sociedade se beneficia em todos os seus setores com ativismo esportivo e geração de valor esportivo como bem social.
Paris e seu charme se preparam para receber o mundo e com ele chegará o gingado brasileiro para jogos históricos. É o ciclo mais vitorioso da história de nosso País, com conquistas em esportes pouco convencionais. Ciclo que começa após o recorde de medalhas e melhor colocação olímpica do Brasil em Tóquio 2021. Fantástico né? Ver nosso País finalmente ser uma potência esportiva. Será? O que faz de um país uma potência?
Em Toóquio, o Brasil superou as 19 medalhas de 2016 e chegou a 21, igualou as sete de ouro. Feito grandioso para um País que se apequena em vários pilares na busca pelo sucesso esportivo. Qual a origem deste recorde? Cravo aqui com convicção o legado olímpico da Rio 2016, que se estenderá ainda por pelo menos mais dois ciclos, Los Angeles 2028 e Brisbane 2032. Não tenho dúvidas que um bom projeto esportivo, gestão e governança, políticas competentes, eficientes e efetivas, trazem resultado no longo prazo. Investimento em esporte é algo que não traz retorno imediato, pois não conseguimos tornar alguém campeão, mas sim formar uma base que pode influenciar novas gerações que se atraem pelo esporte e, assim, surgir um medalhista. Este é um dos motivos da luta pela massificação da prática esportiva e do incentivo a esportes variados, pauta principal do nosso novo Ministério do Esporte sob a liderança da craque, dentro e fora das quadras, Ana Moser, que direciona todas suas forças, inicialmente, para termos uma sociedade menos sedentária.
O alto rendimento e a identificação de talentos se beneficiam com uma sociedade ativa, bem como todos os setores da sociedade, como saúde, economia, educação, segurança. O esporte tem um poder transformador, muda realidades sociais. Que tenhamos um excelente fim de ciclo, jogos grandiosos, sustentáveis, inclusivos e um legado que extrapole as quadras esportivas e nos torne seres humanos melhores. Au revoir!
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